sexta-feira, 25 de março de 2011

A câmara escura



Mas o que é câmara escura? E materiais fotossensíveis?


A câmara escura nada mais é que uma caixa preta totalmente vedada da luz com um pequeno orifício ou uma objectiva em um dos seus lados. Apontada para algum objecto, a luz reflectida deste projecta-se para dentro da caixa e a imagem dele se forma na parede oposta à do orifício. Se, na parede oposta, ao invés de uma superfície opaca, for colocada uma translúcida, como um vidro despolido, a imagem formada será visível do lado de fora da câmara, ainda que invertida.
Isso permite a visão de qualquer paisagem ou objecto através do orifício que, dependendo do tamanho e da distância focal, projectava uma imagem maior ou menor.
As referências do uso da câmara escura indicam desde a Grécia Antiga, mas há ainda referências deste conhecimento entre os chineses, árabes, assírios e babilónios.
A câmara escura foi largamente usada durante toda a Renascença e grande parte dos séculos XVII e XVIII para o estudo da perspectiva na pintura, só que já munida de avanços tecnológicos típicos da ciência renascentista, como lentes e espelhos para reverter a imagem.




Fotossensibilidade: os haletos de Prata
A outra ponta que desembocou na fotografia diz respeito aos materiais fotossensíveis. Fotossensibilidade é um fenómeno que quer dizer, “sensibilidade à luz”. Toda a matéria existente é fotossensível, ou seja, toda ela se modifica com a luz, como um tecido que desbota no sol, ou mesmo a tinta de uma parede que vai aos poucos perdendo a cor, mas algumas demoram milhares de anos para se alterarem, enquanto para outras, apenas alguns segundos já lhes são suficientes. Ora, para a reprodução de uma imagem, de nada adiantaria um material de pouca fotossensibilidade, de maneira que todos os cientistas ou curiosos que procuraram de alguma maneira a imagem fotográfica começaram pesquisando sobre o material que já há muito era conhecido e considerado o mais propício para tal: os sais de prata.


A descoberta foi se aprimorando e em 1888, a primeira Kodak, estava no mercado: era de fácil manuseio, portátil e acima de tudo, económica.
As pequenas câmaras que substituíram os antigos caixotes de quase 100 quilos conquistaram o mundo inteiro e se incorporaram à vida cotidiana de centenas de milhões de pessoas. Marcas como a alemã Leica, a Hasselbrad Sueca, a americana Rolley flex e a japonesa Nikon tornaram-se sinónimos de câmaras de qualidade. A tecnologia de hoje faz com que os antigos filmes fotográficos sejam substituídos por disquetes cada vez menores que gravam a imagem captada pela câmara e as reproduzem imediatamente, em uma simples impressão. Seus grandes inventores são japoneses que fazem pela tecnologia da imagem o que os alemães faziam há bem pouco tempo e os franceses fizeram no século passado.
Por isso a cada dia torna-se mais fácil tirar uma fotografia, graças às máquinas totalmente automáticas que poupam o fotógrafo de qualquer conhecimento técnico, basta ler as instruções e pronto.
Só que ainda existe uma coisa que poderá distinguir um bom fotógrafo, mesmo este possuindo uma tecnologia tão avançada. Sua capacidade de enxergar o mundo que o cerca com olhos que não só aprenderam a escrever com a luz, mas que também são capazes de pintar com a própria luz.

Pinhole
Basicamente, uma pinhole é uma câmara escura com um furinho em um dos lados (feito com uma agulha) e com uma folha de papel fotográfico preso no outro. Ao se abrir o furinho a luz penetrará na câmara e fixará a imagem no papel fotográfico por meio de uma reacção química entre a luz e a película existente no papel fotográfico.Em uma máquina convencional e mesmo nas modernas digitais, o papel da lente é focalizar o objecto e dar nitidez à imagem fotografada. O diafragma e a velocidade do disparador controlam a quantidade de luz que entra na máquina. As máquinas automáticas fazem todo esse ajuste.
No caso da pinhole é o furinho que faz esse papel e por isso ele deve ser o menor possível. Isso é importante, pois a quantidade de luz é regulada pelo diâmetro do furinho e pelo tempo que o mesmo permanece aberto ao se fotografar. Como esse diâmetro é constante, o tempo de exposição é enorme em comparação com as máquinas convencionais, variando de 10s segundos a minutos, dependendo da quantidade de luz ambiente no momento da foto.
Um dos primeiros registos da câmara escura pode ser visto no desenho que ilustra a observação que o astrónomo Gemma Frisius fez do eclipse solar de 1544 a partir de um quarto escuro.
No século XVII alguns artistas como o holandês Johannes Vermeer (1632-1675) utilizavam o princípio da câmara escura em seu trabalho para ajustar os cenários da pintura.
A partir dos anos 40, as câmaras pinholes foram utilizadas pela física nuclear para fotografar raios X de alta energia e raios gamas.
Nos últimos 20 anos as pinholes têm sido usadas em naves espaciais para estudar a radiação solar e também para fotografar altas energias em plasmas.
As primeiras fotos pinholes datam dos anos de 1850 e nos anos seguintes já havia um comércio dessas câmaras. Nos dias de hoje esse comércio é profícuo, sendo possível encontrar câmeras pinholes sofisticadas. Em alguns modelos o buraco de agulha é feito com luz laser e seus preços competem com o custo das modernas câmeras.



A utilização da Pinhole


Por ser de fácil construção, a pinhole pode ser utilizada como recurso didáctico em diferentes áreas do conhecimento.Além das infinitas possibilidades de sua utilização no ensino de Artes e História, ela também pode ser utilizada em Ciências, pois facilita a compreensão, por exemplo, do processo de formação da imagem no olho, além de conceitos da ciência envolvidos nos fundamentos da fotografia.

A IMAGEM ESTENOPEICA

A estenopeica é a fotografia realizada com estenopo, é uma câmara simples, é o princípio óptico de formação das imagens, foi aplicado nas câmaras escuras e depois foi utilizado pelos estudiosos da luz e é usado como auxiliar da visão e para facilitar a representação.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Percepção cromática

O olho humano é o órgão responsável pela captação da luz reflectida pelos objectos. No entanto, enquanto a visão é um processo complicado, o olho apenas recebe a luz. O sistema que possibilita a visão pode ser comparado com o de uma máquina fotográfica, pois a luz é reflectida, penetrando pela córnea, que faz a focalização da imagem, passando pela íris que regula a quantidade de luz que entra nos olhos aumentando ou diminuído a sua abertura central, a pupila. A luz trespassa através do cristalino, onde converge todos os raios que se focalização na retina, onde se localiza na parte posterior do olho. A retina, por sua vez transforma a luz em impulsos eléctricos que chegam ao cérebro através do nervo óptico. Como a imagem formada na retina é invertida, cabe ao cérebro descodificar esta imagem e revertê-la a forma original. Na retina, mais precisamente, na área chamada fobia central, existem milhões de células fotossensíveis capazes de transformar a luz em impulsos electroquímicos. São os cones e os bastonetes. Os bastonetes não possuem nenhuma informação cromática, tendo como responsabilidade apenas as informações de intensidade luminosa dos objectos, não distinguindo diferenças finas entre forma e cor. Já os cones são capazes de fornecer imagens mais nítidas/notórias e detalhadas, proporcionando as impressões de cor. Existem três tipos de cones e cada um é responsável pela informação de um matiz diferente: vermelho, verde ou azul. Estes são a interacção dos cones e dos bastonetes que o ser humano é capaz de perceber em todo o espectro cromático.

Comparação entre o olho humano e máquina fotográfica
O olho humano tem os mesmos princípios que uma máquina fotográfica. E o cérebro tem a função de reprojetar a imagem obtida pelo olho humano, fornecendo a visão real do objecto. A coróide possui células pigmentadas responsáveis pela coloração dos nossos olhos. Comparando a máquina fotográfica, a coróide faz o papel da câmara obscura, que absorve o excesso de luz que possa entrar na máquina através do seu diafragma (correspondente a pupila do olho). E na porção anterior do globo, através da córnea, transparente e que funciona como um filtro que proteger a lente, pode-se ver uma área circular da coróide, que nesse ponto é mais fina e recebe o nome de íris. No centro da íris há um orifício circular – a pupila, com capacidade de aumentar ou diminuir seu diâmetro, regulando assim a quantidade de luz que penetra nos olhos, é como o diafragma da máquina fotográfica.


Elementos básicos da comunicação da comunicação visual

Equilíbrio: O equilíbrio é a referência visual mais forte e firme que o homem pode ter, a sua base consciente e inconsciente para fazer avaliações visuais. Qualquer padrão visual tem um centro de gravidade que pode ser tecnicamente calculável, nenhum outro método e tão rápido de calcular, exacto, e automático quanto o senso intuitivo de equilíbrio inerente às percepções do homem. Assim o constructo horizontal-vertical constitui a relação básica do homem com o seu meio ambiente.
Dá para ver quando uma pessoa não tem equilíbrio. Por exemplo quando uma pessoa está com aspecto de alarme estampado no seu rosto, subitamente e sem qualquer tipo de aviso, leva um empurrão, ela desequilibra-se ou seja deixa de ter equilíbrio

Movimento: o elemento visual do movimento encontra-se frequentemente implícito do que explicito no modo visual. O movimento é a força visual mais dominantes da experiencia humana. Na verdade O Movimento existe no cinema, na televisão, nos encantadores móbiles de alexander calder  e onde quer que alguma coisa visualizada e criada tenha um componente   de movimento, como no caso da maquinaria ou das vitrinas.
Um exemplo de movimento é o olho.

Positivo/negativo: Temos o exemplo de um quadrado. Tanto o positivo como o negativo não se refrem somente Á obscuridade, luminosidade ou imagem especular.Quer se trate de um ponto escuro num campo luminoso ou entao um ponto branco num fundo escuro, o ponto é e sera sempre positivo,  e o quadrado será o ponto negativo, ou seja o que domina o olho na experiência visual  seria visto como elemento positivo, como elemento negativo é considerado tudo o que se apresenta de uma maneira mais passiva.

Proporção: Relativamente a proprção pode-se dizer que e composta por linhas compositivas primarias, o qual podem ser diagonais, mas também perpendiculares. As perpendiculares são baixadas dos vertices e implantam a proporção, depois passamos a ter as secundarias, as paralelas.

Contraste: Relativamente ao contraste diz-se que é expresso através da sua forma de expressão, pelo meio que tem de reforçar o significado. Os seus objectivos são:
-interesse sobre uma página;
-auxiliação numa organização de informações.

Unidade:  “O todo é maior que a soma de suas partes”. Em uma composição é possível se usar cada elemento - linha, letras, forma e textura... - de forma independente, mas existe uma força maior quando se coordena de maneira inteligente estes elementos. Outras vezes, mesmo sendo os elementos independentemente adequados, não o são quando juntos.
Existem vários aspectos da composição que podem ser trabalhados para se alcançar a unidade entre eles: a modulação do espaço, a proximidade, o alinhamento e a repetição.
 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Teoria de Gestalt

1. Defina boa forma?

R: A boa forma são formas mais simples as regulares e as geométricas (triângulo, rectângulo e circunferência).


2. Quais são os 3 elementos fundamentais que condicionam a percepção visual?

* Campo perceptivo;
* Estrutura;
* Forma;

3. Quais são os princípios fundamentais da percepção visual?


* Relação forma/campo: É caracterizado pela sua homogeneidade. Tendemos que a considerar como forma as figuras situadas em primeiro plano ou na parte inferior da área.
* Relação forma/fundo: Neste caso o campo visual relaciona-se com a nossa própria posição no espaço real.
* Peso visual :
Neste caso o peso pode variar:
A localização;
A Dimensão;
O isolamento;
A direcção;
O interesse intrínseco.

4. Descreva as leis da organização da forma?

* Lei da proximidade relativa: os elementos são agrupados de acordo com a distância
* Lei da Pregnância: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Todas as formas tendem a ser percebidas em seu carácter mais simples.
* Lei da Semelhança: pode chamar-se lei da similaridade. Possivelmente a lei mais óbvia, que define que os objectos similares tendem a se agrupar. A similaridade pode acontecer na cor dos objectos, na textura e na sensação de massa dos elementos.
* Lei da Constância: as identidades de uma forma mantêm-se independentemente do seu ângulo de observação.
* Lei da Simetria: possivelmente a lei mais óbvia, que define que os objectos similares tendem a se agrupar. A similaridade pode acontecer na cor dos objectos, na textura e na sensação de massa dos elementos. Estas características podem ser exploradas quando desejamos criar relações ou agrupar elementos na composição de uma figura.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Dinâmica de contraste


Dinâmica de contraste


-contraste de cor:
O contraste é um fenómeno com o qual se podem diferenciar cores atendendo à luminosidade, à cor de fundo sobre a qual se projectam...”

Quando duas cores diferentes entram em contraste directo, o contraste intensifica as diferenças entre ambas. O contraste aumenta quanto maior for o grau de diferença e maior for o grau de contacto, chegando a seu máximo contraste quando uma cor está rodeada por outra. O efeito de contraste é recíproco, já que afecta às duas cores que intervêm. Todas as cores de uma composição sofrem a influência das cores com as que entram em contacto.
Existem diferentes tipos de contrastes de cor:
§       Contraste de Cor em si;
§      Contraste Claro-Escuro;
§      Contraste Quente -Frio;
§      Contraste de Cores Complementares;
§      Contraste Simultâneo;
§      Contraste Sucessivo;
§      Contraste de Qualidade;



Contraste de forma:
Por meio de uma composição antagónica, ou seja, que tenha opostos, a dinâmica do contraste poderá ser prontamente demonstrada em cada exemplo visual básico que dermos. Se o objectivo for atrair a atenção, a forma regular, simples será dominada pela forma irregular, imprevisível. Ao serem justapostas, as texturas desiguais intensificam o carácter único de cada uma. A função principal desta técnica é aguçar, por meio do efeito dramático, mas ela pode, ao mesmo tempo e com muito êxito, dar maior requinte à atmosfera e às sensações que envolvem uma manifestação visual.


-contraste de tom:
Com o tom, a claridade ou a obscuridade relativas de um campo estabelecem a intensidade do contraste. Podemos ter contrastes entre tons. A divisão de um campo em partes iguais pode demonstrar um contraste tonal, uma vez que o campo é dominado pelo peso maior, ou seja, o tom mais escuro. No caso, branco e preto, a sensação é de que o preto domina a maior área.



Anatomia da mensagem visual

Expressamos e recebemos mensagens visuais em três níveis

Os diferentes níveis de representação permitem diferentes estilos e diferentes soluções às composições visuais.
- O representacional, aquilo que vemos e identificamos com base no meio ambiente e na experiência, o abstracto a qualidade cinestésica de um fato visual reduzido a seus componentes visuais, básicos e elementares enfatizando os meios mais directos, emocionais e mesmo primitivos da criação de mensagens, o simbólico: o vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribui significados. Todos esses níveis de resgate de informações são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles, de tal modo que possam ser analisados tanto em termos de seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua qualidade no processo de visão.


Quais os níveis de representação da mensagem visual?
Nível representacional: é o que vemos e identificamos em experiências reais (ou em fotografias).


Nível simbólico: são sistemas de símbolos que o homem cria e aos quais atribui significados. Também pode incluir abstracções irredutíveis.

Nível abstracto: é a imagem reduzida e mais abrangente a seus componentes visuais mais básicos emocionais e directos.


Aplicações

-O representacional ou primeiro nível é o mais eficaz na transmissão forte e directa das mensagens visuais.



-O abstracto ou segundo nível é o mais livre e exploratório.


-O simbólico ou terceiro nível é o mais comprometido com a mensagem, a significação.



è     Entretanto, toda a intencionalidade das mensagens visuais estão necessariamente sujeitas a um outro factor: a percepção do receptor.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Alfabeto Visual

Existem vários elementos básicos de comunicação Visual:



-Alfabeto visual;
-Ponto;
-Linha;
-Signo, marca e sinal;
-Superfície e textura;
-Espaço;
-Cores;
-Proporção;
-Luz, sombra e volume;
-Perspectiva;

Alguns elementos básicos da comunicação visual:

-Alfabeto Visual: Todas as linguagens têm um sistema próprio de organização. Linguagem visual = código = elementos que servem para formar suas mensagens.

-Luz, sombra e volume: quando há luz também há sombra. Luz - sombra = ideia de volume

-Perspectiva: Efeito visual que permite transmitir para o desenho a impressão de espaço e distância.

-Signo, marca e sinal: Marcas: nossos pés na areia = marcas involuntárias (signos) . Marcas voluntárias : ocorre quando temos a intenção de transmitirmos ideias. Marcas = signo = forma associada a uma ideia . Pelos signos nos comunicamos com os outros e transmitimos nossas mensagens.

-Linha: Marca contínua ou com aparência de contínua. Exemplo : Linha do horizonte, linha divisória entre os estados, linha definida pela margem de um rio, linha de contorno de objectos.

-Superfície e textura: Diferentes formas e tipos. Diferentes personalidades. Textura : Detalhes da trama , entrelaçamento de fibras ou linhas.

 

Percepção Visual

Percepção visual é a função cerebral que atribui um certo significado e estímulos sensoriais a partir de vivências passadas. Podemos ficar a perceber que a percepção de um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais , para atribuir um significado ao seu meio. Podemos também dizer que consiste na aquisição , selecção e organização das informações obtidas pelos sentidos. Envolve também processos mentais, a memória, e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

A Percepção de cores: um dos aspectos da percepção visual